A História e o Nascimento da Língua Inglesa
A História e o Nascimento da Língua Inglesa
Big Ben, Palácio de
Westminster é um dos cartões postais de Londres. É o nome do sino de 13,5
toneladas que, desde 1859, dá as famosas badaladas graves marcando a hora certa
(um grupo de sinos menores é ativado aos 15 minutos) e está instalado na torre
de 106 metros de altura do relógio do Palácio de Westminster, o parlamento
britânico.O que é a língua inglesa?
Pode-se dizer que a língua inglesa, como falada hoje em dia, seja uma mistura
de vocabulário das mais importantes línguas do mundo ocidental com o vocabulário
original dos anglo-saxões, mas tendo como base uma gramática simplificada e
prática.Quando dizemos, por exemplo, que a palavra "televisão" vem do inglês "television", não podemos esquecer que a palavra inglesa "television", por sua vez, veio do francês "télévision" (e esta foi formada a partir do grego "tele" + o latim "vision").Assim como esta, centenas de milhares de outras palavras da língua inglesa também têm suas origens no latim ou no grego (por exemplo: university, presentation, hospital,
biography etc).
Em uma explicação bastante resumida, podemos dizer que
estas são principalmente palavras usadas nos campos das ciências ou invenções
que não existiam antigamente entre os povos falantes das línguas anglo-saxônicas
- as bases da língua inglesa.
Desde o século XI, quando estes povos
antigos começaram a ter contato com novas (para eles) ciências e invenções, que
já começou a haver adição de palavras de origens latinas e gregas ao vocabulário
anglo-saxão (nesta época, a maior destas palavras entraram na língua inglesa a
partir do francês). Mesmo hoje em dia, é convenção internacional nomear novas
invenções com palavras baseadas no latim ou no grego (por exemplo: celular,
digital, equalizer etc).
Porém, a maioria das palavras da língua inglesa
usadas no dia a dia, especialmente aquelas que expressam coisas e sensações que
sempre existiram, raramente terão estas mesmas origens gregas ou latinas, pois
já faziam parte do vocabulário anglo-saxônico muito antes do contato destes
povos com as novas ciências e invenções introduzidas pelos normandos, romanos e
outros povos.
(Alguns exemplos destas palavras "básicas" do dia a dia: get,
through, take, look etc)Ou seja: a maior parte do vocabulário da língua inglesa
atualmente é de origem latina (ou grega), porém a maior parte das palavras
usadas em uma conversa informal (não sobre trabalho, por exemplo) não possui
origem latina ou grega (sendo portanto, muito diferente da língua portuguesa).--------A seguir, de forma bem resumida, um pouco da história da língua inglesa:
INGLÊS ARCAICO (449 a 1066)
Inglês Arcaico era uma variação da língua germânica do oeste, falada principalmente por povos germânicos como os anglos, os saxões e os jutas, que invadiram a Bretanha nos séculos V e VI. Os jutas foram os primeiros, chegando, de acordo com a tradição, em 449, expulsando os bretões, povos nativos falantes do celta, para o norte e para o oeste. Com o passar do tempo, esta língua distanciou-se daquela falada no restante da Europa e surgiram diversos dialetos na Bretanha.
Por volta do século IX, em parte pela influência de Alfred, primeiro monarca da Inglaterra, a língua falada pelos saxões do oeste tornou-se a predominante na literatura em prosa.
Apesar de permitir facilmente a formação de novas palavras a partir da junção de outras existentes, o Inglês Arcaico ainda era pobre em vocabulário. Nesta época cerca de 140 palavras de origem latinas, principalmente palavras relacionadas à religião (por ex.: mass, priest, temple etc) foram introduzidas. Quarenta outras palavras (na maior parte relativas ao mar, sistema admistrativo e convívio social) foram introduzidas pelos vikings, que invadiram periodicamente a Inglaterra no fim do séc. VIII.
PERÍODO INTERMEDIÁRIO (1066/1100 a 1450/1500)
Durante a dominação normanda (iniciada em 1066) alguns milhares de novas palavras foram incorporados ao vocabulário inglês (de início palavras necessárias às relações das classes mais baixas (os anglo-saxões) com a nobreza franco-normanda, e posteriormente palavras relacionadas ao governo, à igreja, ao exército, à culinária, às artes, à educação, à medicina e à moda e vida na corte).
Durante este período a gramática foi bastante simplificada: foi adotado, por exemplo, o final "s" para fazer o plural (embora palavras como man e foot permaneçam até os dias de hoje com o plural sem "s" (men, feet)), foram excluídas variações nas terminações dos verbos e foi adotada uma forma única para o singular e o plural dos verbos no passado.
O dialeto predominante deste período foi Midland, falado em regiões que tornaram-se os principais centros universitários, econômicos e de influência da nobreza.
Uma das subdivisões deste dialeto (East Midland) tornou-se a língua falada em toda a região metropolitana de Londres e foi bastante difundido devido principalmente ao uso nos órgãos oficiais do governo e pela disseminação de trabalhos literários do séc. XIV, como os do poeta Geoffrey Chaucer. Estes e outros motivos contribuiram para que este dialeto se transformasse, com o tempo, no Inglês Moderno.
INGLÊS MODERNO (a partir de 1450/1500)
O resurgimento do interesse pelo grego e pelo latim durante a Renascença foi responsável por um enriquecimento ainda maior do vocabulário da língua inglesa.
Posteriormente, com um intercâmbio maior - comercial e cultural - entre os diversos povos do planeta, palavras das mais diversas línguas faladas no mundo todo foram sendo acrescentadas ao vocabulário inglês.
No final dos séc. XVII e durante o séc. XVIII ocorreram também importantes transformações gramaticais. As regras da língua inglesa como as conhecemos hoje foram definidas neste período. Surgiu o "progressive tense" a partir do uso de um verbo substantivado precedido da preposição "on" (com o tempo a preposição "on" desapareceu) (por ex.: He is on playing => He is playing).
O INGLÊS HOJE EM DIA
Apesar de ser o inglês a língua estrangeira mais estudada atualmente, não há uma padronização dela entre seus falantes nativos espalhados pelo mundo.
Dentro do próprio Reino Unido, local de origem deste idioma, há uma infinidade de dialetos diferentes hoje em dia. Alguns são evoluções de dialetos falados antes do Renascimento e que não acompanharam as mesmas transformações que sofreram os dialetos que originaram o chamado "Inglês Moderno". Outros são dialetos que surgiram a partir do próprio "Inglês Moderno" e que desenvolveram características próprias devido ao isolamento geográfico ou cultural.
Países que foram colonizados pela Inglaterra (como os Estados Unidos ou a Austrália, por exemplo), igualmente devido a um isolamento geográfico e ou cultural, desenvolveram formas características da língua, mas que não são tão diferentes do chamado Standard English ("Inglês Padrão"), usado na Inglaterra, a ponto de poderem ser consideradas línguas diferentes.
O INGLÊS NO FUTURO
A tendência para o futuro, devido à globalização dos meios de comunicação e entretenimento, é uma uniformização cada vez maior do inglês falado em diversos países do mundo. Apesar do início deste processo já começar a ser sentido hoje em dia, uma real padronização do inglês é algo que pode demorar várias gerações até ser completada.
Observação: de acordo com alguns linguistas e estudiosos, a língua inglesa pode deixar de ser usada, sendo pois substituida pelo mandarin (China), aparentemente eles tem se preparado esta nova geração para dominar o "mundo".
Mas enquanto isso, fale inglês já ronaldoviana@gmail.com
Agende seu horário!!!
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